(TEXTO EM COLABORAÇÃO COM TIAGO GONÇALVES)
Com quase quarenta e dois anos de existência, os Scorpions são considerados por muitos como os pais das baladas rock. Como muitos jovens nascidos na Alemanha do pós-guerra, este grupo foi influenciado pela música e outras tendências importadas dos militares americanos: Elvis Presley, pastilha elástica, calças de ganga, blusões de cabedal e, sobretudo, Rock ’n’ Roll.
Nascidos em 1965, da sua formação inicial faziam parte os irmãos e guitarristas Michael e Rudolf Schenker, Klaus Meine (como vocalista), Lothar Heimber (no baixo) e Wolfgang Dziony (na bateria). Na cidade de Hannover, Rudolph Schenker, que fora abençoado com pais extremamente compreensivos para a época, decide formar os Scorpions. O seu irmão mais novo, Michael, deixa, juntamente com Klaus Meine, a banda Copernicus e juntam-se ambos a Rudolph em 1970. Com Michael (que apesar de bastante jovem já se tinha tornado um excelente guitarrista) e com a dupla Rudolf Schenker e Klaus Meine na composição das músicas, estavam criadas as fundações para a história de sucesso que todos conhecemos nos dias de hoje.
Reformulação permanente
Após gravarem uma demo, lançam o primeiro álbum “Lonesome Crow” em 1972. No entanto, apesar da boa aceitação do álbum de estreia, Heimberg e Dziony resolvem deixar o grupo e, pouco tempo depois, também Michael Schenker se mudou para a banda londrina UFO. Sozinhos, Rudolf e Klaus não desistem e contactam o guitarrista Ulrich Roth (mais conhecido como Uli Jon Roth), que levou consigo o baixista Francis Buchholz e o baterista Jurgen Rosenthal para completar o grupo. Após alguns concertos assinam com a editora RCA e lançam, em 1974, o segundo disco “Fly To The Rainbow”. No ano seguinte, Rudy Lenners assume a bateria e o álbum “In Trance” é top de vendas, em toda a Europa, dando início à tourné que consagrou, assim, os Scorpions como uma das melhores bandas de Hard Rock ao vivo.
A subir
Em 1976 o grupo alemão lança o mítico “Virgin Killer”, e em 1977 regressam ao estúdio para produzir “Taken By
Force”. Um ano depois embarcam pela primeira vez para o Japão onde realizam três concertos inesquecíveis, levando a que essa passagem pelo oriente ficasse registada para a posteridade no álbum duplo ao vivo “Tokyo Tapes” lançado nesse mesmo ano. De volta à Alemanha Ocidental, mais uma baixa nos Scorpions: Uli Jon Roth anuncia a sua saída para iniciar um novo projecto e em seu lugar, para nunca mais sair, entra o guitarrista Matthias Jabs. O grupo enceta um período de muito trabalho e grava uma sequência de álbuns que mantiveram o seu nome entre os maiores da época: “Lovedrive” (1979), “Animal Magnetism” (1980) e “Blackout” (1982).
Cada vez mais fenomenal
Foi definitivamente em 1984, com o álbum “Love At First Sting”, que os Scorpions se tornam num verdadeiro fenómeno do Hard Rock, com os hits “Rock You Like A Hurricane”, “Big City Nights” e a balada “Still Loving You”.
O álbum ao vivo “World Wide Live” sai em 1985 e o grupo fica durante os próximos quatro anos sem lançar qualquer material discográfico. Como reconhecimento mundial da sua qualidade enquanto banda Rock, em Janeiro de 1985, os Scorpions são convidados para a primeira edição do Festival Rock in Rio, ao lado de bandas gigantes como AC/DC, Iron Maiden, Queen, Whitesnake, Yes e Ozzy Osbourne. Três anos depois é editado o álbum “Savage Amusement” que obteve um importante reconhecimento junto do público. Contudo, o lançamento comercialmente mais bem sucedido da banda só veria a luz do dia em 1990. Referimo-nos a “Crazy World”, trabalho que incluía a orelhuda canção “Wind Of Change”. O álbum “Face The Heat” sai em 1993, após a desistência do baixista Francis Bucholz, e a consequente admissão de Ralph Rieckermann. O terceiro trabalho ao vivo, “Live Bites”, chega às lojas em 1995, sendo precedido um ano depois por “Pure Instinct”, já com Curt Cress na bateria. Em 1999 apresentam-se com um look todo modernaço (de cabelos cortados), imagem que ficará associada ao trabalho mais experimental da carreira: “Eye To Eye”. No ano seguinte, apostam numa reciclagem dos sucessos que tinham vindo a coleccionar, dando início a um projecto que os levaria a tocar e a gravar com a Orquestra Filarmónica de Berlim. O trabalho daí resultante, “Moment Of Glory”, encerra no seu título a síntese do resultado alcançado nessa fase. Com novas roupagens para velhos clássicos,
surge em 2001 um disco com versões acústicas das músicas dos Scorpions. Chamava-se simplesmente “Acoustica”. Dando mostras de que a dança dos baixistas ainda não havia terminado, o trabalho de 2004, cujo título é “Unbreakable”, apresentava Pawel Maciwoda no lugar anteriormente ocupado por Rieckermann. Este era o primeiro trabalho de originais em 5 anos. Em 2007, estes dinossauros do Rock lançaram um novo trabalho. “Humanity Hour 1” é mais um exemplo da sonoridade vigorosa que os Scorpions nos habituaram, ao mesmo tempo que nos fazem arrepiar com canções cujas letras transmitem mensagens de esperança e de alerta. Os Scorpions estarão em Portugal para dois concertos. O primeiro será dia 4 de Dezembro no Pavilhão Atlântico, e o segundo será no Pavilhão Multiusos de Guimarães dois dias depois. Nesses dias todos os fãs poderão mostrar que, após quatro décadas, continuam STILL LOVING YOU…
Nascidos em 1965, da sua formação inicial faziam parte os irmãos e guitarristas Michael e Rudolf Schenker, Klaus Meine (como vocalista), Lothar Heimber (no baixo) e Wolfgang Dziony (na bateria). Na cidade de Hannover, Rudolph Schenker, que fora abençoado com pais extremamente compreensivos para a época, decide formar os Scorpions. O seu irmão mais novo, Michael, deixa, juntamente com Klaus Meine, a banda Copernicus e juntam-se ambos a Rudolph em 1970. Com Michael (que apesar de bastante jovem já se tinha tornado um excelente guitarrista) e com a dupla Rudolf Schenker e Klaus Meine na composição das músicas, estavam criadas as fundações para a história de sucesso que todos conhecemos nos dias de hoje.
Reformulação permanente
Após gravarem uma demo, lançam o primeiro álbum “Lonesome Crow” em 1972. No entanto, apesar da boa aceitação do álbum de estreia, Heimberg e Dziony resolvem deixar o grupo e, pouco tempo depois, também Michael Schenker se mudou para a banda londrina UFO. Sozinhos, Rudolf e Klaus não desistem e contactam o guitarrista Ulrich Roth (mais conhecido como Uli Jon Roth), que levou consigo o baixista Francis Buchholz e o baterista Jurgen Rosenthal para completar o grupo. Após alguns concertos assinam com a editora RCA e lançam, em 1974, o segundo disco “Fly To The Rainbow”. No ano seguinte, Rudy Lenners assume a bateria e o álbum “In Trance” é top de vendas, em toda a Europa, dando início à tourné que consagrou, assim, os Scorpions como uma das melhores bandas de Hard Rock ao vivo.
A subir
Em 1976 o grupo alemão lança o mítico “Virgin Killer”, e em 1977 regressam ao estúdio para produzir “Taken By
Force”. Um ano depois embarcam pela primeira vez para o Japão onde realizam três concertos inesquecíveis, levando a que essa passagem pelo oriente ficasse registada para a posteridade no álbum duplo ao vivo “Tokyo Tapes” lançado nesse mesmo ano. De volta à Alemanha Ocidental, mais uma baixa nos Scorpions: Uli Jon Roth anuncia a sua saída para iniciar um novo projecto e em seu lugar, para nunca mais sair, entra o guitarrista Matthias Jabs. O grupo enceta um período de muito trabalho e grava uma sequência de álbuns que mantiveram o seu nome entre os maiores da época: “Lovedrive” (1979), “Animal Magnetism” (1980) e “Blackout” (1982).
Cada vez mais fenomenal
Foi definitivamente em 1984, com o álbum “Love At First Sting”, que os Scorpions se tornam num verdadeiro fenómeno do Hard Rock, com os hits “Rock You Like A Hurricane”, “Big City Nights” e a balada “Still Loving You”.
O álbum ao vivo “World Wide Live” sai em 1985 e o grupo fica durante os próximos quatro anos sem lançar qualquer material discográfico. Como reconhecimento mundial da sua qualidade enquanto banda Rock, em Janeiro de 1985, os Scorpions são convidados para a primeira edição do Festival Rock in Rio, ao lado de bandas gigantes como AC/DC, Iron Maiden, Queen, Whitesnake, Yes e Ozzy Osbourne. Três anos depois é editado o álbum “Savage Amusement” que obteve um importante reconhecimento junto do público. Contudo, o lançamento comercialmente mais bem sucedido da banda só veria a luz do dia em 1990. Referimo-nos a “Crazy World”, trabalho que incluía a orelhuda canção “Wind Of Change”. O álbum “Face The Heat” sai em 1993, após a desistência do baixista Francis Bucholz, e a consequente admissão de Ralph Rieckermann. O terceiro trabalho ao vivo, “Live Bites”, chega às lojas em 1995, sendo precedido um ano depois por “Pure Instinct”, já com Curt Cress na bateria. Em 1999 apresentam-se com um look todo modernaço (de cabelos cortados), imagem que ficará associada ao trabalho mais experimental da carreira: “Eye To Eye”. No ano seguinte, apostam numa reciclagem dos sucessos que tinham vindo a coleccionar, dando início a um projecto que os levaria a tocar e a gravar com a Orquestra Filarmónica de Berlim. O trabalho daí resultante, “Moment Of Glory”, encerra no seu título a síntese do resultado alcançado nessa fase. Com novas roupagens para velhos clássicos,
surge em 2001 um disco com versões acústicas das músicas dos Scorpions. Chamava-se simplesmente “Acoustica”. Dando mostras de que a dança dos baixistas ainda não havia terminado, o trabalho de 2004, cujo título é “Unbreakable”, apresentava Pawel Maciwoda no lugar anteriormente ocupado por Rieckermann. Este era o primeiro trabalho de originais em 5 anos. Em 2007, estes dinossauros do Rock lançaram um novo trabalho. “Humanity Hour 1” é mais um exemplo da sonoridade vigorosa que os Scorpions nos habituaram, ao mesmo tempo que nos fazem arrepiar com canções cujas letras transmitem mensagens de esperança e de alerta. Os Scorpions estarão em Portugal para dois concertos. O primeiro será dia 4 de Dezembro no Pavilhão Atlântico, e o segundo será no Pavilhão Multiusos de Guimarães dois dias depois. Nesses dias todos os fãs poderão mostrar que, após quatro décadas, continuam STILL LOVING YOU…
© Todos os direitos do texto estão reservados para MOTO REPORT, uma publicação da JPJ EDITORA. Contacto para adquirir edições já publicadas: +351 253 215 466.
© General Moto, by Hélder Dias da Silva 2008
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