Nº58 REVISTA MOTO Outubro 2006
Um homem de extremos. Robert Craig Knievel nasceu a 17 de Outubro de 1938 na cidade mineira de Butte, no estado americano de Montana. Muito cedo deixou-se fascinar pelos saltos e acrobacias perigosas feitas aos comandos de carros, mas principalmente de motos. Simultaneamente, dava mostras inusitadas de ser uma pessoa de grande riqueza interior, tal era a sua consciência cívica e social. Senão vejamos.
Ao que consta, Evel Knievel ficou perfeitamente siderado quando os seus pais o levaram a ver um espectáculo de um acrobata de automóveis chamado Joey Chitwood. Aí começou o seu sonho de ser rico e famoso, condição muito distinta da que tinha na altura. O seu início de vida consistiu em trabalhar humildemente nas minas de cobre da sua região. Para as circunstâncias socio-económicas que a sua família enfrentava na época, as coisas não poderiam ter sido muito diferentes. Mais tarde, durante o serviço militar, começou a dar nas vistas em pequenas provas de condução habilidosa e ligeira que se faziam entre militares. No entanto, estes episódios de extroversão não o impediram de observar a caça furtiva que se fazia aos alces e, por essa altura, encetou um movimento que visava recolher estes animais e colocá-los em zonas mais despovoadas. Com apenas 23 anos foi à boleia até Washington defender a sua causa à JFK Presidential Aide, perante um senador e um congressista, os quais perceberam o valor dos seus argumentos e o ajudaram a pôr fim à chacina daqueles animais.
Um ano depois, e já de regresso às tropelias motociclísticas, ainda que sob a designação de amador, Knievel fractura a clavícula. Obrigado a parar temporariamente, aceita emprego como vendedor de seguros e numa semana vende, nada mais, nada menos, que 271 apólices. Era muito mais do que qualquer vendedor em início de actividade poderia aspirar conseguir. O segredo, segundo ele, estaria em manter uma atitude mental positiva. Este espírito empreendedor leva-o a abrir diversos concessionários Honda no estado de Washington. Consta até que, para incrementar as vendas, Knievel atribuía 100 dólares de desconto adicional na compra de uma moto caso o cliente o vencesse numa prova de braço-de-ferro. Em 1965 inicia-se a sua carreira profissional como “daredevil” (nome dado na América a este tipo de acrobatas), percorrendo o país em tournée. De entre as exibições mais populares destacam-se os saltos sobre fogo, sobre fossos com serpentes ou leões, ou então as ocasiões em que estava atado com um pára-quedas a automóveis de corrida que se deslocavam a 320 km/h. Em 1966 inicia nova tournée, desta feita pela costa oeste, onde efectua os mais arriscados saltos da sua carreira. Não
obstante do seu estatuto de estrela emergente, Knievel não se recusava a participar em todas as operações logísticas dos eventos, colaborando na condução dos camiões, montagem das rampas, chegando mesmo a fazer a própria promoção do espectáculo.
À medida que a sua experiência aumentava, os saltos ficavam cada vez mais longos e perigosos. A adrenalina criava dependência. Em 1968 saltou a cerca de 50 metros de altura sobre a fonte do Palácio de César, em Las Vegas. Infelizmente o embate no solo foi um autêntico desastre, empurrando Knievel para o hospital onde permaneceu, em estado de coma, por 30 dias. Refeito física e psicologicamente, Knievel não abriu mão do seu sonho, e em 1970 salta com sucesso sobre uma fila de 13 automóveis. Já em 1971 sofre um novo acidente ao tentar saltar por cima de 13 camiões TIR da Pepsi-Cola, em Yakima. Em 1974, e apesar das condições atmosféricas adversas, Knievel decide manter a sua palavra de compromisso para com os seus admiradores, saltando, tal como estava agendado, sobre um enorme fosso de 400 metros de comprimento: o Snake River Canyon em Idaho. Aterrou de forma notável a muito poucos centímetros do despenhadeiro que o levaria a uma morte rápida e certa.
Para um salto com esta extensão nunca poderia ser usada uma moto, por mais transformada que estivesse. Em vez disso, foi construído um veículo em forma de foguetão, com duas rodas dispostas longitudinalmente (à semelhança do que acontece com uma moto). O “engenho” foi lançado de uma rampa especial, sendo que no fim desta, uma explosão de jacto criaria a elevação e velocidade suficientes para chegar à outra margem. Contudo, e para cúmulo, o pára-quedas que usaria, no caso de não conseguir chegar ao lado de lá do precipício, solta-se do conjunto em pleno voo devido aos ventos fortes que se faziam sentir, pelo que Knievel conclui o salto à tangente e sem qualquer suporte. Em Maio de 1975, e perante 90 mil pessoas que assistiam ao seu espectáculo no Estádio de Wembley, em Londres, Evel Knievel salta por cima de 13 autocarros embatendo no solo de forma violenta. Fracturou a pélvis. Cinco meses depois, em Ohio, repete orgulhosamente o salto, desta vez com 14 autocarros. Tudo correu pelo melhor. Em 1976, Knievel ficou gravemente ferido ao tentar saltar sobre um tanque repleto de tubarões no Chicago Amphiteatre, numa exibição transmitida na televisão para todo o país. Fracturou os dois braços e fez um grave traumatismo craniano. Um operador de câmara também ficou ferido. Tomou nessa altura a decisão de se retirar, pelo menos dos saltos mais arriscados. Continuou a fazer digressões pelos EUA mas com exibições mais comedidas. Em 1988 anunciou que necessitava de um transplante de fígado em virtude de ter sido infectado com Hepatite C aquando de uma transfusão de sangue a que havia sido submetido no passado, por ocasião de um dos seus muitos internamentos. Actualmente Evel Knievel, um verdadeiro resistente, está vivo e gosta de praticar golfe frequentemente (desporto aliás que sempre apreciou). Todavia passa por períodos de grande sofrimento devido às dores intensas que lhe atacam o corpo, consequência do abuso extremo a que foi sujeito.
Um homem de extremos. Robert Craig Knievel nasceu a 17 de Outubro de 1938 na cidade mineira de Butte, no estado americano de Montana. Muito cedo deixou-se fascinar pelos saltos e acrobacias perigosas feitas aos comandos de carros, mas principalmente de motos. Simultaneamente, dava mostras inusitadas de ser uma pessoa de grande riqueza interior, tal era a sua consciência cívica e social. Senão vejamos.
Ao que consta, Evel Knievel ficou perfeitamente siderado quando os seus pais o levaram a ver um espectáculo de um acrobata de automóveis chamado Joey Chitwood. Aí começou o seu sonho de ser rico e famoso, condição muito distinta da que tinha na altura. O seu início de vida consistiu em trabalhar humildemente nas minas de cobre da sua região. Para as circunstâncias socio-económicas que a sua família enfrentava na época, as coisas não poderiam ter sido muito diferentes. Mais tarde, durante o serviço militar, começou a dar nas vistas em pequenas provas de condução habilidosa e ligeira que se faziam entre militares. No entanto, estes episódios de extroversão não o impediram de observar a caça furtiva que se fazia aos alces e, por essa altura, encetou um movimento que visava recolher estes animais e colocá-los em zonas mais despovoadas. Com apenas 23 anos foi à boleia até Washington defender a sua causa à JFK Presidential Aide, perante um senador e um congressista, os quais perceberam o valor dos seus argumentos e o ajudaram a pôr fim à chacina daqueles animais.
Um ano depois, e já de regresso às tropelias motociclísticas, ainda que sob a designação de amador, Knievel fractura a clavícula. Obrigado a parar temporariamente, aceita emprego como vendedor de seguros e numa semana vende, nada mais, nada menos, que 271 apólices. Era muito mais do que qualquer vendedor em início de actividade poderia aspirar conseguir. O segredo, segundo ele, estaria em manter uma atitude mental positiva. Este espírito empreendedor leva-o a abrir diversos concessionários Honda no estado de Washington. Consta até que, para incrementar as vendas, Knievel atribuía 100 dólares de desconto adicional na compra de uma moto caso o cliente o vencesse numa prova de braço-de-ferro. Em 1965 inicia-se a sua carreira profissional como “daredevil” (nome dado na América a este tipo de acrobatas), percorrendo o país em tournée. De entre as exibições mais populares destacam-se os saltos sobre fogo, sobre fossos com serpentes ou leões, ou então as ocasiões em que estava atado com um pára-quedas a automóveis de corrida que se deslocavam a 320 km/h. Em 1966 inicia nova tournée, desta feita pela costa oeste, onde efectua os mais arriscados saltos da sua carreira. Não
obstante do seu estatuto de estrela emergente, Knievel não se recusava a participar em todas as operações logísticas dos eventos, colaborando na condução dos camiões, montagem das rampas, chegando mesmo a fazer a própria promoção do espectáculo.
À medida que a sua experiência aumentava, os saltos ficavam cada vez mais longos e perigosos. A adrenalina criava dependência. Em 1968 saltou a cerca de 50 metros de altura sobre a fonte do Palácio de César, em Las Vegas. Infelizmente o embate no solo foi um autêntico desastre, empurrando Knievel para o hospital onde permaneceu, em estado de coma, por 30 dias. Refeito física e psicologicamente, Knievel não abriu mão do seu sonho, e em 1970 salta com sucesso sobre uma fila de 13 automóveis. Já em 1971 sofre um novo acidente ao tentar saltar por cima de 13 camiões TIR da Pepsi-Cola, em Yakima. Em 1974, e apesar das condições atmosféricas adversas, Knievel decide manter a sua palavra de compromisso para com os seus admiradores, saltando, tal como estava agendado, sobre um enorme fosso de 400 metros de comprimento: o Snake River Canyon em Idaho. Aterrou de forma notável a muito poucos centímetros do despenhadeiro que o levaria a uma morte rápida e certa.
Para um salto com esta extensão nunca poderia ser usada uma moto, por mais transformada que estivesse. Em vez disso, foi construído um veículo em forma de foguetão, com duas rodas dispostas longitudinalmente (à semelhança do que acontece com uma moto). O “engenho” foi lançado de uma rampa especial, sendo que no fim desta, uma explosão de jacto criaria a elevação e velocidade suficientes para chegar à outra margem. Contudo, e para cúmulo, o pára-quedas que usaria, no caso de não conseguir chegar ao lado de lá do precipício, solta-se do conjunto em pleno voo devido aos ventos fortes que se faziam sentir, pelo que Knievel conclui o salto à tangente e sem qualquer suporte. Em Maio de 1975, e perante 90 mil pessoas que assistiam ao seu espectáculo no Estádio de Wembley, em Londres, Evel Knievel salta por cima de 13 autocarros embatendo no solo de forma violenta. Fracturou a pélvis. Cinco meses depois, em Ohio, repete orgulhosamente o salto, desta vez com 14 autocarros. Tudo correu pelo melhor. Em 1976, Knievel ficou gravemente ferido ao tentar saltar sobre um tanque repleto de tubarões no Chicago Amphiteatre, numa exibição transmitida na televisão para todo o país. Fracturou os dois braços e fez um grave traumatismo craniano. Um operador de câmara também ficou ferido. Tomou nessa altura a decisão de se retirar, pelo menos dos saltos mais arriscados. Continuou a fazer digressões pelos EUA mas com exibições mais comedidas. Em 1988 anunciou que necessitava de um transplante de fígado em virtude de ter sido infectado com Hepatite C aquando de uma transfusão de sangue a que havia sido submetido no passado, por ocasião de um dos seus muitos internamentos. Actualmente Evel Knievel, um verdadeiro resistente, está vivo e gosta de praticar golfe frequentemente (desporto aliás que sempre apreciou). Todavia passa por períodos de grande sofrimento devido às dores intensas que lhe atacam o corpo, consequência do abuso extremo a que foi sujeito.
Curiosidades
- O recorde inscrito no Guinness Book of World Records do ser humano com mais ossos fracturados – 35! – pertence-lhe.
- Existe um rio no Arkansas com o seu nome.
- Em finais dos anos 70, a empresa Evel Knievel Toys inicia a comercialização de uma panóplia variada de brinquedos (desde relógios, miniaturas, rádios, máquinas de pinball, bicicletas, etc.), produzidos pela Ideal Toy Co., os quais têm como fonte de inspiração, e acabam por estar, directa ou indirectamente, relacionados com a imagem do acrobata. As vendas ascenderam aos 300 mil milhões de dólares, e acredita-se que tenham sido responsáveis pela revitalização de toda uma indústria que se encontrava em evidente declínio.
- Na década de 80 dedica-se à pintura. As cenas da vida selvagem são o seu maior motivo de inspiração.
- No cinema, a Warner Bros produziu em 1971 “Evel Knievel”, com George Hamilton no papel principal, que retrata a vida deste pioneiro do risco em duas rodas.
- Seguindo o mesmo mote. e também com o mesmo título, em 2004 George Eads (mais conhecido do público português pela personagem Nick Stockes da série “CSI Las Vegas”) encarna o papel principal num telefilme americano.
- Outro telefilme americano – da Viacom Productions – colocou Sam Elliot no papel principal.
- Robbie Knievel, filho de Evel Knievel, segue ainda hoje as pisadas do seu pai, fazendo
também arriscados saltos acrobáticos em digressões por toda a América.
- A sua moto bem como outros objectos de culto estão em exposição no Museu de História Americana em Washington DC.
- Actualmente é um grande apoiante de causas de solidariedade social, com destaque para “Make-A-Wish Foundation”, associação que se destina a apoiar crianças que sofrem de doenças terminais.
Cronologia
17 de Outubro de 1938 – Nasce Robert Craig Knievel (Evel Knievel) na cidade de Butte, estado norte-americano de Montana;
1962 – Fractura a omoplata e a clavícula numa corrida de motos;
1965 – Forma a equipa “Evel Knievel’s Motorcycle Daredevils” que percorre o país em digressão com espectáculos acrobáticos;
1966 – Abandona o trabalho de equipa e cria os seus próprios espectáculos actuando sozinho;
1 de Janeiro de 1968 – 30 dias em coma foi o resultado de um salto de 50 metros mal sucedido. Knievel tentava saltar sobre as fontes do Palácio de César em Las Vegas;
20 de Setembro de 1970 – Salta sobre uma fila de 13 carros em Seattle;
8 de Janeiro de 1971 – Salta novamente sobre 13 carros no Houston Astrodome, mostrando que tem vontade de começar a superar os limites até então conhecidos;
28 de Fevereiro de 1971 – Estabelece o primeiro recorde mundial ao saltar em Ontário, no Canadá, por sobre 19 carros;
10 de Maio de 1971 – Tem novo acidente ao tentar saltar por cima de 13 camiões da Pepsi-Cola em Yakima;
3 de Março de 1972 – Fica gravemente ferido ao tentar “aterrar” numa zona difícil durante um espectáculo Cow Palace em São Francisco;
18 de Fevereiro de 1973 – Descola da maior rampa de lançamento alguma vez construída para este tipo de proezas e voa sobre 50 carros estacionados no Los Angeles Colliseum;
20 de Agosto de 1974 – Desta vez o salto acontece numa exposição nacional no Canadá. Knievel salta cerca de 46 metros sobre 13 camiões, cada qual com 2.5 metros de largura;
8 de Setembro de 1974 – É nesta data que acontece o seu aclamado salto (ou chamemos-lhe voo) sobre o Snake River Canyon em Idaho. Faltou mesmo muito pouco para que tudo se tivesse precipitado num fatal acidente;
31 de Maio de 1975 – Fracturou o osso pélvico ao cair no chão após ter saltado sobre 13 autocarros. Foi no estádio de Wembley, em Londres, perante uma assistência de 90 mil pessoas;
25 de Outubro de 1975 – Obstinado como sempre, Knievel repete o salto anterior, mas desta vez sobre 14 autocarros. Foi um sucesso. Aconteceu em King’s Island, em Ohio;
Inverno de 1976 – Após um novo acidente ao tentar voar sobre um tanque cheio de tubarões no Chicago Ampitheater – no qual fracturou os braços e fez um traumatismo craniano – decide abandonar as exibições mais perigosas;
Final década de 70 – Inicia actividade a Evel Knievel Toys;
1981 – Abandona por completo as exibições acrobáticas;
1998 – Anuncia publicamente que é portador de Hepatite C. Tê-la-á contraído numa das várias transfusões de sangue a que foi sujeito ao longo dos anos em consequência dos aparatosos acidentes em que esteve envolvido. Devido à evolução da doença admite também necessitar de um transplante de fígado.
- O recorde inscrito no Guinness Book of World Records do ser humano com mais ossos fracturados – 35! – pertence-lhe.
- Existe um rio no Arkansas com o seu nome.
- Em finais dos anos 70, a empresa Evel Knievel Toys inicia a comercialização de uma panóplia variada de brinquedos (desde relógios, miniaturas, rádios, máquinas de pinball, bicicletas, etc.), produzidos pela Ideal Toy Co., os quais têm como fonte de inspiração, e acabam por estar, directa ou indirectamente, relacionados com a imagem do acrobata. As vendas ascenderam aos 300 mil milhões de dólares, e acredita-se que tenham sido responsáveis pela revitalização de toda uma indústria que se encontrava em evidente declínio.
- Na década de 80 dedica-se à pintura. As cenas da vida selvagem são o seu maior motivo de inspiração.
- No cinema, a Warner Bros produziu em 1971 “Evel Knievel”, com George Hamilton no papel principal, que retrata a vida deste pioneiro do risco em duas rodas.
- Seguindo o mesmo mote. e também com o mesmo título, em 2004 George Eads (mais conhecido do público português pela personagem Nick Stockes da série “CSI Las Vegas”) encarna o papel principal num telefilme americano.
- Outro telefilme americano – da Viacom Productions – colocou Sam Elliot no papel principal.
- Robbie Knievel, filho de Evel Knievel, segue ainda hoje as pisadas do seu pai, fazendo
também arriscados saltos acrobáticos em digressões por toda a América.
- A sua moto bem como outros objectos de culto estão em exposição no Museu de História Americana em Washington DC.
- Actualmente é um grande apoiante de causas de solidariedade social, com destaque para “Make-A-Wish Foundation”, associação que se destina a apoiar crianças que sofrem de doenças terminais.
Cronologia
17 de Outubro de 1938 – Nasce Robert Craig Knievel (Evel Knievel) na cidade de Butte, estado norte-americano de Montana;
1962 – Fractura a omoplata e a clavícula numa corrida de motos;
1965 – Forma a equipa “Evel Knievel’s Motorcycle Daredevils” que percorre o país em digressão com espectáculos acrobáticos;
1966 – Abandona o trabalho de equipa e cria os seus próprios espectáculos actuando sozinho;
1 de Janeiro de 1968 – 30 dias em coma foi o resultado de um salto de 50 metros mal sucedido. Knievel tentava saltar sobre as fontes do Palácio de César em Las Vegas;
20 de Setembro de 1970 – Salta sobre uma fila de 13 carros em Seattle;
8 de Janeiro de 1971 – Salta novamente sobre 13 carros no Houston Astrodome, mostrando que tem vontade de começar a superar os limites até então conhecidos;
28 de Fevereiro de 1971 – Estabelece o primeiro recorde mundial ao saltar em Ontário, no Canadá, por sobre 19 carros;
10 de Maio de 1971 – Tem novo acidente ao tentar saltar por cima de 13 camiões da Pepsi-Cola em Yakima;
3 de Março de 1972 – Fica gravemente ferido ao tentar “aterrar” numa zona difícil durante um espectáculo Cow Palace em São Francisco;
18 de Fevereiro de 1973 – Descola da maior rampa de lançamento alguma vez construída para este tipo de proezas e voa sobre 50 carros estacionados no Los Angeles Colliseum;
20 de Agosto de 1974 – Desta vez o salto acontece numa exposição nacional no Canadá. Knievel salta cerca de 46 metros sobre 13 camiões, cada qual com 2.5 metros de largura;
8 de Setembro de 1974 – É nesta data que acontece o seu aclamado salto (ou chamemos-lhe voo) sobre o Snake River Canyon em Idaho. Faltou mesmo muito pouco para que tudo se tivesse precipitado num fatal acidente;
31 de Maio de 1975 – Fracturou o osso pélvico ao cair no chão após ter saltado sobre 13 autocarros. Foi no estádio de Wembley, em Londres, perante uma assistência de 90 mil pessoas;
25 de Outubro de 1975 – Obstinado como sempre, Knievel repete o salto anterior, mas desta vez sobre 14 autocarros. Foi um sucesso. Aconteceu em King’s Island, em Ohio;
Inverno de 1976 – Após um novo acidente ao tentar voar sobre um tanque cheio de tubarões no Chicago Ampitheater – no qual fracturou os braços e fez um traumatismo craniano – decide abandonar as exibições mais perigosas;
Final década de 70 – Inicia actividade a Evel Knievel Toys;
1981 – Abandona por completo as exibições acrobáticas;
1998 – Anuncia publicamente que é portador de Hepatite C. Tê-la-á contraído numa das várias transfusões de sangue a que foi sujeito ao longo dos anos em consequência dos aparatosos acidentes em que esteve envolvido. Devido à evolução da doença admite também necessitar de um transplante de fígado.
© Todos os direitos do texto estão reservados para REVISTA MOTO, uma publicação da JPJ EDITORA. Contacto para adquirir edições já publicadas: +351 253 215 466.
© General Moto, by Hélder Dias da Silva 2008
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